
Bagaço de gente na lama social
É o que sou
Pedaço de homem completado com álcool
Mente etílica que pensa em beber
Que pena em beber
Que mais bebe e mais pena em beber
Sujeito sarjeta sem jeito nojento sujo
Bêbado local, bêbado normal, bêbado social
Compulsoriamente
Genuflexo
Rezo:
O álcool é o meu pastor
E a razão me faltará
Ele me faz repousar(?)
Em qualquer lugar enauseante
Leva-me cambaleante
Para junto das águas empoçadas;
Destrói-me a alma e a calma
Guia-me pelas veredas da bebedeira
Por amor a minha morte lenta
Ainda que eu ande pelo vale da sobriedade,
Não temerei nenhuma cirrose hepática
Porque a falsa alegria do álcool
E a dor de cabeça estão comigo,
A náusea e o vômito me controlam
Com um gole preparo meu corpo para as muitas doenças
E o meu cérebro para ser destruído
A tonteira e a zombaria certamente me seguirão
Todas as noites da minha vida
E habitarei nos bares da vida
Enquanto aguentar o meu fígado
Am…
Poesia finalista do Concurso SESI de Poesia – COMPOESI – 2000
Publicado na antologia “Compoesi – Concurso SESI de Poesia – 1999 – 2000”. Departamento Regional de Roraima – Boa Vista: SESI, 2001.
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